Finalmente conheci essa ilha paradisíaca que temos em nosso país. Depois de passar 7 dias incríveis por lá, separei algumas dicas que podem facilitar muito a sua vida e garantir que você não perca nenhum atrativo daquele sonho de lugar… Vamos a elas!
Quando ir
Depende do que você está buscando: dá pra aproveitar Noronha o ano todo, mas se você procura surfe, por exemplo, o ideal é ir entre dezembro e março. Para quem quer praticar mergulho, entre agosto e novembro o mar fica bem piscininha. A estação de chuvas vai de março a julho, mas não costuma chover dias a fio a ponto de estragar sua viagem; o comum é chover de manhã e no fim da tarde. O maior problema das chuvas é que muitas ruas na ilha ainda são de terra, por isso transitar por elas a pé nessa época pode ser bem chato, porque vira uma lama só.
Outro ponto a ser levado em consideração é o período de férias: entre dezembro e fevereiro e no mês de julho, a ilha fica mais cheia. No resto do ano é mais fácil encontrar preços melhores para se hospedar.
A temperatura por lá não varia muito, ficando sempre em torno de 28° durante o dia e caindo um pouquinho à noite, mas nada que um casaco leve não dê conta.

Como chegar
De avião: há voos diários saindo de Recife e Natal pela Azul ou Gol e a viagem é rápida, dura em média uma hora. Importante lembrar que para entrar em Noronha é preciso pagar uma taxa de permanência, que varia de acordo com o número de dias da estadia. Pague a taxa pela internet com antecedência e evite uma fila chata na chegada! Se você já tiver seu comprovante de pagamento, só precisa apresentar no aeroporto e passar direto.
Onde ficar
Como a ilha não é muito grande, a maioria das pousadas ficam em lugares fáceis de chegar à pé. Pra ficar colado no centro, onde estão a maioria dos restaurantes e lojas, o melhor é escolher a Vila dos Remédios. As outras regiões são a Vila do Trinta, Floresta Velha e Floresta Nova, que ficam um pouco mais distantes. Ainda assim, dá pra ir andando até o centro, em caminhadas de uns 20 minutos, em média. O valor médio das diárias é bem alto. Pousadas simples, que oferecem só o básico, cobram o preço equivalente a hotéis muito bons em outros destinos pelo país. Aliás, é bom lembrar que tudo por lá é muito caro: além da hospedagem, os restaurantes e passeios cobram valores bem salgados. Imagine que você vai pagar o equivalente ao que gasta em restaurantes e passeios numa viagem pela Europa; só que com o euro já convertido =P

Onde comer
Seguindo o mesmo padrão dos hotéis, a maioria dos restaurantes em Noronha tem preços elevados para pratos simples. Os dois restaurantes que se destacaram por servir refeições excelentes (justificando seu valor) foram o Cacimba bistrô e o Xica da Silva.
Os dois são muito bons, mas nós demos ao Cacimba o prêmio de melhor restaurante da ilha: além da linda decoração, o atendimento é muito bom e todos os pratos que pedimos estavam muito bons. Comemos um pastel de lagosta que estava ma-ra-vi-lho-so! Voltamos lá num outro dia só pelo pastel, mas estava em falta (lá é comum faltar mercadorias, pois elas chegam de barco e não têm regularidade de entrega). Sigo sonhando com esse pastel até hoje, foi o melhor que comi na vida.
Passeios
Finalmente, vamos ao que mais interessa em Noronha: os passeios! A principal dica é comprar assim que chegar o cartão que dá acesso a maioria das atrações da ilha e vale por 10 dias. Isso pode ser feito nas unidades do ICMBio, onde também se agendam alguns passeios que não podem ser feitos por conta própria (saiba mais aqui). As vagas são limitadas e algumas atrações precisam ser reservadas com dias de antecedência; por isso, não deixe de ir ao ICMBio o quanto antes!
A seguir, o roteiro que fizemos em cada dia de viagem:
11/08 – Alugamos um buggy por intermédio da pousada para ter mais liberdade escolhendo os locais que queríamos visitar e o tempo que ficaríamos em cada um deles. Começamos pela praia do Boldró, onde deixamos o buggy na altura do mirante e descemos por uma pequena trilha na mata até a praia. Também é possível ir com ele até pertinho da praia, mas nosso espírito de aventura sempre fala mais alto, hehehe. Como pegamos a maré baixa, foi possível ver uma infinidade de peixinhos e fauna marinha com o snorkel, numa variedade que eu nunca tinha visto antes. E era só o começo… Almoçamos e fomos até a praia do Porto, mas deixamos para mergulhar outro dia porque já estava meio tarde e queríamos ver o pôr-do-sol na praia da Conceição!
Atenção: se decidir alugar um buggy, é importante testar junto à empresa antes de sair: não fizemos isso e o nosso estava em péssimo estado, o freio falhou diversas vezes (!) e tivemos que solicitar a troca por um outro.

12/08 – A bordo do nosso segundo buggy, fomos à praia do Sancho, onde é preciso fazer uma trilha tranquila e descer uma escada entre as pedras (não tão tranquila para crianças e idosos) pra ter acesso à praia. O visual da praia a partir de um trecho da trilha é de tirar o fôlego. À tarde, fomos mergulhar na praia do Porto. A praia em si não é das mais bonitas, mas para snorkel foi uma das melhores: além dos peixes e outros animais lindos, vimos muitas tartarugas marinhas, foi incrível!

13/08 – Começamos o dia assistindo a uma aula do projeto Tamar, na praia do Boldró. Os mergulhadores capturam uma tartaruga na hora para coletar dados sobre ela, ensinam sobre a espécie e dão diversas informações interessantes sobre esses animais. Um passeio imperdível para se ter uma noção desse projeto tão bonito e importante!
De lá, fomos de buggy para a baía do Sueste, onde tivemos que alugar coletes para observar os bichinhos na água sem danificar os corais existentes por lá. Nesse dia também conhecemos a praia do Leão – liiinda, mas com o mar mais agitado, não caímos na água.



14/08 – A partir daqui não estávamos mais de buggy: nos programamos para usá-lo apenas nos 2 primeiros dias, para conhecer os lugares mais distantes – achei que foi uma boa estratégia.
Fizemos um passeio de barco pela ilha: que sonho! Além das belas paisagens, vimos muitos (muitos mesmo) golfinhos e uma baleia! Depois do almoço, conhecemos as praias do Cachorro e do Meio, indo à pé a partir da Vila dos Remédios.

15/08 – Dia mais puxado de todos: fizemos a trilha do Atalaia, uma caminhada em volta de uma das montanhas da ilha com paradas pra mergulho em 3 piscinas naturais. O passeio dura 5 horas, precisa ser agendado no ICMBio e a caminhada final é sobre pedras, um pouco tenso para crianças e idosos.



Esse foi o último dia de passeio nesse lugar incrível. Nossa viagem durou de 10 a 16/08 e acho que foi o tempo ideal para conhecer bastante coisa e ainda ficar com aquela vontade de voltar… E você, já esteve por lá? Tem mais alguma dica pra curtir esse lugar inesquecível? Conta pra gente nos comentários!