Tenho uma alma meio idosa pra música. Apesar de curtir todo tipo de ritmo, de bossa nova à funk, meu panteão de deuses da música é todo composto de artistas lá dos anos 60 e 70 que já se aposentaram e/ou morreram (#chatyada).
Eis que, há uns dias, uma amiga me perguntou se eu já tinha ouvido Letrux. Coloquei pra tocar “Em noite de climão” sem nenhuma expectativa, pronta pra ouvir os primeiros 30 segundos e depois voltar pros meus queridos e empoeirados álbuns.
httpssss://www.youtube.com/watch?v=ziW2xs5eqfE
Apenas ouvi o álbum todo duas vezes e não falo de outra coisa desde então! Viciei! Garrei nele, panhei um amor! A pegada é meio lounge, meio psicodélica, um som bem gostoso de ouvir. Agora, o que mais me agradou foram as letras. Tenho um ranço de muitos cantores brasileiros da atualidade (espírito de vovó baixando) que tentam emplacar letras intelectuais e acabam com músicas vazias e sem sentido. Letrux é diferente: espirituosa, provocadora, inteligente, sem ser pseudo cult. A voz e a irreverência me lembraram bastante a Rita Lee (deusa maior do meu panteão), mas nem de longe soam como imitação.
Estou aqui atenta aguardando o próximo show no Rio! Na real eu queria ser amiga dela, deve ser divertidíssimo; meu lado musical e teatral “chega coça”. E vocês, já ouviram esse tiro? Se não, se adiantem, porque Vai Render!
